terça-feira, 27 de setembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS


O hábito de ler é sem dúvida um dos maiores presentes que uma criança pode receber. A leitura abre inúmeras portas para o desenvolvimento do indivíduo e seus benefícios intelectuais e de apoio ao aprendizado escolar são proporcionais ao prazer de desbravar novos mundos pela imaginação.

Crianças que desde cedo são estimuladas a folhear livros, frequentando livrarias e bibliotecas e desenvolvendo a leitura como parte de sua rotina, naturalmente desenvolvem o prazer pelos livros. Segundo Ana Vasconcellos, educadora e pesquisadora, dentre os muitos pontos que ressaltam a importância da leitura para os alunos estão o desenvolvimento das habilidades de interpretação textual, da escrita e criatividade.

“A criança que lê, possui mais conhecimento do mundo, requisito básico para o desenvolvimento de uma melhor interpretação textual, habilidade fundamental no contexto escolar. Sem a leitura, o desempenho nas demais disciplinas estudadas na escola é comprometido”.

Ressaltando a relevância do desenvolvimento como habilidade proveniente da escrita, a educadora salienta a importância da ampliação do vocabulário. “Quanto mais cedo uma criança escuta palavras de variados campos semânticos e fonéticos, mais repertório ela terá, tanto em suas conversações, quanto nas atividades escolares. Consequentemente, essa criança também terá boas habilidades ortográficas e desenvolverá sua escrita de forma mais completa, uma vez que terá abundância de visualização das palavras e familiaridade com formações textuais adequadas ao padrão normativo da língua”.

A pesquisadora ainda destaca que o desenvolvimento da criatividade é imprescindível, pois por meio da leitura o universo da criança se expande e ganha novas dimensões. “Bons livros estimulam a imaginação, aguçam a atenção aos detalhes das narrativas e ao som rítmico das palavras. Tudo isso gera riqueza de ideias e, portanto, um melhor aproveitamento das atividades escolares” – afirma. 

Fonte: Assessoria de imprensa do Mackenzie.


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM FAMÍLIA

Imagem: Projeto Baú das Letras

São muitos os benefícios que o contato com livros, ainda na primeira infância, é capaz de proporcionar. Várias funções psicológicas podem ser desenvolvidas, entre elas a memória e a capacidade de estruturar as informações. A leitura em voz alta para uma criança de até 3 anos ajuda a despertar sua sensibilidade para diferentes formas da fala e ainda tem o efeito positivo sobre a chamada atenção seletiva -- a capacidade de se desligar de outras fontes de estímulo, mantendo-se concentrada numa só atividade por períodos mais longos. Ler histórias também ajuda no desenvolvimento da noção de tempo. O bom e velho "era uma vez" carrega em si a idéia de algo que acontecia e já não acontece, apresentando à criança a existência do antes, do agora e do depois. "Com a prática da leitura, os bebês desenvolvem estruturas para a ordenar o mundo com base no critério de temporalidade", diz Fraulein Vidigal de Paula. 

Na capital mineira, um projeto que estimula o envolvimento dos pais no incentivo à leitura tenta potencializar todas as vantagens que a proximidade com livros pode oferecer aos pequenos. E, assim como o Leitura no Berçário!, também vem colhendo bons resultados. Trata-se do Espaço de Ler, Direito de Todos, que foi implementado em nove creches e atende 950 crianças. Ele é mantido pelo Instituto C&A, que, por meio de seu programa Prazer em Ler, apóia iniciativas para a formação de leitores, com suporte do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Nas creches de Belo Horizonte, são realizadas mediações de leitura com as professoras e também com funcionários das lojas C&A, que participam como voluntários. A cada 15 dias, os próprios pais são convidados a ler histórias para toda a turma. Isso estimula os pequenos a levar livros para casa e continuar por lá a "brincadeira" de leitura com o resto da família. 

"Crianças, familiares e educadores participam ativamente do espaço das bibliotecas, coisa que não acontecia antes de implementarmos o projeto", diz Leandro Gomes, coordenador pedagógico da Creche Elizabeth Santos e integrante do conselho gestor do projeto. Outras atividades de incentivo à leitura são especialmente aguardadas pelos pequenos. Uma delas: eles podem escolher, entre vários livros colocados sobre a mesa, quais querem ler enquanto tomam lanche. 

O Espaço de Ler, Direito de Todos é apenas um dos projetos que apostam na participação intensiva de pais e familiares para garantir o envolvimento das crianças com a leitura. Em Curitiba, outra iniciativa segue a mesma linha. Ela acontece na CEMEI Santa Izabel e tem por trás o Instituto Avisalá, de São Paulo, cujas principais ações se concentram na formação continuada de profissionais que trabalham com Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. 

A pedagoga Andréia Bonatto, que planejou a atividade, explica: "Toda sexta-feira, as crianças voltam para casa com uma sacolinha de pano. Dentro dela vai um livro, que elas mesmas escolheram, e um caderno, com um bilhete solicitando aos pais que façam a leitura com o filho. Na segunda-feira, os pequenos trazem consigo o livro lido e o caderninho, com anotações feitas pela família sobre a experiência do fim de semana. Então, a professora lê em voz alta o que foi escrito". 

O resultado é que, muitas vezes, além de querer recontar a história para os colegas, as crianças também anseiam por compartilhar suas próprias impressões sobre a leitura - exatamente como feito por escrito, no caderno. "A atividade os fez tornarem-se ávidos contadores de histórias. Toda segunda-feira é uma farra, porque cada um quer contar primeiro aquilo que leu no fim de semana", diz Andréia.

Fonte: Abril

sábado, 10 de setembro de 2016

ARTIGO SOBRE O PROJETO BAÚ DAS LETRAS NO ESTADÃO

Criadora do Baú das Letras, psicóloga leva biblioteca itinerante a bairros da periferia
Fernanda Vieira da Silva é Psicologa, Pedagoga e Idealizadora do Projeto Baú das Letras
Por: Maristela Aparecida Claro dos Santos,
28 Novembro 2012
Apesar de morar na terra onde Monteiro Lobato criou personagens emblemáticos da literatura brasileira, como Emília, Narizinho e o Visconde de Sabugosa, Fernanda Matos Vieira não vive em um conto de fadas. Ao contrário, a psicóloga de 26 anos tem uma missão mais importante do que ser feliz para sempre: a responsabilidade de transformar realidades e futuros, por meio da leitura. 
Ela é idealizadora do Projeto Baú das Letras, que, aos fins de semana, leva literatura às crianças dos bairros periféricos de Taubaté, município localizado a 130 quilômetros de São Paulo e decretado, em 2011, como Capital Nacional da Literatura Infantil. Dentro do baú são guardados 250 livros, recebidos de doações ou comprados. Um número maior que a média de quatro livros lidos pelos brasileiros por ano, segundo o Ibope, mas infinitamente menor que os 138.648 exemplares disponíveis nas 13 bibliotecas de Taubaté.


Momentos preciosos de leitura para as crianças
A empreitada de Fernanda é inspirada no estudo do sociólogo Theodor Adorno, que debate a educação como forma de emancipação. "Meu desafio vai além do incentivo à leitura, quero conscientizar e formar cidadãos críticos", explica. A teoria é reforçada pela Constituição Brasileira, que assegura à criança o acesso, entre outros direitos, à educação e à cultura. Para a professora Eliane Freire, docente de Tecnologias da Informação e da Comunicação na Universidade de Taubaté, o conhecimento é a base de tudo. "Incentivar a leitura é abrir um mundo de possibilidades a quem é jovem, é proporcionar o saber para o resto da vida."
Muitas das crianças que participam da ação não sabem ler, algumas pela pouca idade, e outras porque estão no índice de 43,9% de alunos que não atingem o aprendizado adequado de leitura ao fim do 3º ano do Ensino Fundamental no Brasil. Porém, a pouca afinidade com as palavras não é desculpa, já que as voluntárias entram na brincadeira para a contação de histórias. O maior exemplo de Fernanda veio da mãe, Jandira Matos, que, desde cedo, incentivou a filha a explorar as páginas dos livros. "Os pais precisam entender que presentes não substituem momentos de leitura e carinho", enfatiza Jandira.


Projeto Baú das Letras sendo realizado na Praça Santa Teresinha - Taubaté - SP
Em média, 50 pessoas prestigiam o projeto por dia e as crianças não deixam de participar, encantadas com dinossauros, princesas e figuras do Sítio do Pica-pau Amarelo. Ana Júlia, de 3 anos, foi uma que se perderam na imensidão de títulos e, com a facilidade de repetir as histórias que ouviu, impressionava a todos. A maior dificuldade foi mesmo da madrinha da menina, Célia Regina, para convencê-la a ir embora. "Iniciativas como essa mostram que o mundo ainda pode melhorar", avalia Célia.
Ao fim do dia, com a sensação de dever cumprido, Fernanda e a mãe retornam os tesouros ao baú para numa próxima semana contar outras tantas histórias. "Cada criança que abre um livro é como uma semente que planto e tenho certeza que lindas flores brotarão", diz a jovem, que comemora o Dia do Livro, em 29 de outubro, levando uma riqueza sem-fim a quem precisa.
Fonte:http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,projeto-incentiva-leitura-infantil-em-taubate,966545